sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Roadies do Jota Quest

Roadies do Jota Quest (Passagem de som em Avare, São Paulo):
http://www.youtube.com/watch?v=2wZ6lGSRh9k

Roadies do Jota Quest (Passagem de som em Brasilia):
http://www.youtube.com/watch?v=de1cjdk4RCQ

Roadie do PJ - Renato Tommaso
http://www.youtube.com/watch?v=zUZ-p40j3e4

Roadies do Rappa

Roadies do Rappa:
http://www.youtube.com/watch?v=n4z0v_mXw5g

Roadies do Rappa (Montagem de Bateria):
http://www.youtube.com/watch?v=RZsEY8OLDbY

Roadies do Rappa (Montagem em Caratinga MG):
http://www.youtube.com/watch?v=Fa2fx_yPIns&feature=related

Roadies do Rappa (Passagem de som em São Luis, Maranhão):
http://www.youtube.com/watch?v=DZuSvzf9d_0&feature=related

Roadies do Rappa (D2, Lázaro Ramos e Humberto Gessinger):
http://www.youtube.com/watch?v=MwUihSJAovI

Roadies do Rappa (Backstage em Alegre ES):
http://www.youtube.com/watch?v=25XnR2EZaGc

Roadie do Rappa - Pato Rouco:
http://www.youtube.com/watch?v=j0iB1elDPaI

Dunlop TV

Dunlop TV - Programa que mostra alguns Roadies de artistas conhecidos internacionalmente.

Dunlop TV - Adam Day, Guitar Tech for Slash
http://www.youtube.com/watch?v=xsUKtl9SgUM

Dunlop TV - McBob, Bass Tech for Duff McKagan
http://www.youtube.com/watch?v=4VN9vdwxw8M

Dunlop TV - Jason Baskin, Guitar Tech for Muse
http://www.youtube.com/watch?v=qFCD9jGlB74

Dunlop TV - Shane Goodwin, Bass Tech for Muse
http://www.youtube.com/watch?v=YSsE-skFkv4

Dunlop TV - Jerry Cantrell, Guitar Tech for Punk Rock Dave
http://www.youtube.com/watch?v=938N6aj_c08

Dunlop TV - Chinner Winstead, Guitar Tech for Mike Campbell
http://www.youtube.com/watch?v=hZ0gifhPA3g

Dunlop TV - Trace Foster, Guitar Tech for Joe Perry's
http://www.youtube.com/watch?v=lz20XxjSbnc

Dunlop TV - Marco Moir, Guitar Tech for Brad Whitford's
http://www.youtube.com/watch?v=WlP1_g3yjSs

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Entrevista com Roadies no Fanzine (TV Cultura)

Entrevista com Roadies no Fanzine (TV Cultura) Parte 01
http://www.youtube.com/watch?v=VLQ0FwHWw2k

Entrevista com Roadies no Fanzine (TV Cultura) Parte 02
http://www.youtube.com/watch?v=tOVMNR7wvW0

Entrevista com Roadies no Fanzine (TV Cultura) Parte 03
http://www.youtube.com/watch?v=NmGVkiouquQ

Entrevista com Roadies no Fanzine (TV Cultura) Parte 04
http://www.youtube.com/watch?v=6VRBc3GyG_4

Entrevista com Roadies no Fanzine (TV Cultura) Parte 05
http://www.youtube.com/watch?v=0DmXdmOLYd4

Roadies comentam assassinato de Dimebag

Esse é o resumo do depoimento de dois roadies que presenciaram o massacre no dia 08/12/2004, no Alrosa Vila em Ohio.

Naquela tarde tudo parecia normal, até que após a passagem de som, Jeff "Mayhem" Thompson (segurança do DAMAGEPLAN que acabou sendo morto no tiroteio), foi obrigado a expulsar do local um indivíduo que ali estava incomodando; entretanto no meio da música isso é praxe, e ninguém suspeitava que se tratava de alguém realmente perigoso. Logo após, um novo incidente, a caminhonete de Nathan Gale (o assassino) estava estacionada atrás do ônibus da banda e o proprietário foi advertido várias vezes pelo sistema de som da casa para que a tirasse de lá, sob pena de ser guinchada.

O show estava para começar, um dos roadies foi à direção do bar, quando de repente ouviram-se os primeiros tiros. Dimebag estava caído no chão e no palco notava-se um enorme tumulto. Ouvia-se o “feedback” da guitarra que havia caído junto com Dimebag Darrell. Imediatamente ele se moveu para o palco, agarrou Vinnie Paul (baterista do Damageplan e irmão de Dimebag) e o levou para um local seguro.

O outro roadie foi à última pessoa que conversou com Dimebag, e no momento dos tiros estava a poucos metros de distância. Gale entrou no palco pela direita e moveu-se em direção de Darrell. Ninguém da segurança conseguiu alcançá-lo, Gale desferiu pelo menos cinco tiros à queima-roupa no corpo do guitarrista, e um tiro final que atingiu a cabeça de Dimebag o levando ao chão. Segundo o roadie, Darrell morreu antes de cair ao chão, e nada e ninguém poderia salvá-lo naquele momento. Um ruído produzido pela guitarra ecoava pelo ambiente.

Após esse momento, o atirador ergueu a arma e apontou para um dos roadies, porém ele foi interceptado por "Mayhem" e Erin "Stoney" Halk, que estavam desarmados e arriscaram suas vidas na tentativa de impedir que aquela barbárie continuasse. Gale, que era ex-fuzileiro naval, trocou o pente de sua 9mm semi-automática e num piscar de olhos matou Mayhem e Erin Halk. Gale tinha uns cinco pentes de munições em seus bolsos. Com os seguranças mortos, o atirador recarregou a arma e continuou ferindo pessoas que ali estavam.

Nathan Bray, um fã da banda, subiu no palco e num ato heróico tentou reanimar Dimebag com massagens cardio-pulmonares. Acabou sendo atingido também pelo atirador e morreu heroicamente ao lado de seu ídolo.

Nesse momento foram vistos alguns policiais em posições defensivas dentro do clube, Gale pegou um refém na tentativa de escapar do local. Foi quando o policial James Niggemeyer que adentrou o clube pelos fundos, acertou Gale com um tiro fatal, sem ferir o refém. E assim a carnificina que durou poucos minutos chegou ao final, num dos dias mais tristes de toda a história do Heavy Metal.

Os roadies Jon e Tubbs que presenciaram essas cenas disseram que precisarão de um bom tempo para se recuperar de tal choque, porém não desistirão de suas profissões.

Máteria:
Oswaldo Gasser

Contéudo Retirado do Site:
http://whiplash.net/materias/news_927/021744-damageplan.html

Lemmy: Falando sobre sua vida como Roadie de Jimi Hendrix

Steve Appleford, da RollingStone.com, reporta: antes dele se tornar o legendário vocalista/baixista do MOTÖRHEAD, Lemmy Kilmister passou um tempo como roadie para o Jimi Hendrix no final dos anos 60, preparando as guitarras para suas explosivas performances – e catando os caquinhos das caixas destruídas após os shows. Em homenagem a nossa última edição fazendo uma crônica sobre os últimos dias e gravações perdidas de Hendrix, nos encontramos com Kilmister na SXSW, onde ele estava promovendo o documentário “Lemmy”, para um olhar no passado na época em que ele esteve com a lenda da guitarra.

Eu estava dormindo no chão da casa de Neville Chester [Roadie do Jimi Hendrix] – ele dividia um flat com Noel Redding, então sempre que eles precisavam de um par extra de mãos eu estava lá. Eu não consegui o serviço por ter talento ou qualquer coisa assim. Mas eu vi muito o Jimi tocar. Duas vezes por noite por uns três meses. Eu o vi tocar nos backstages também. Ele tinha uma guitarra Epiphone velha – era uma doze cordas encordoada como uma seis cordas – e ele costumava ficar de pé numa cadeira no backstage e tocá-la. Por que ele ficava em pé na cadeira, eu não sei.

Matéria: Nathália Plá

Contéudo Retirado do Site:
http://whiplash.net/materias/news_865/105238-motorhead.html

Rush: Documentário se concentrará nos Roadies

De acordo com um boletim no RushIsABand.com, a WhistleStop Productions está dando os últimos retoques em um documentário de cinco partes feito no verão deste ano durante a parte canadense da turnê "Snakes & Arrows" do Rush.

Intitulado "Backstage Secrets", a série foi feita em alta definição (High Definition) e audio 5.1 Surround com a permissão da banda. Cada episódio de uma hora segue vários membros da equipe do Rush durante um dia típico na estrada com a banda. Constam na série o diretor de iluminação do grupo Howard Ungerleider; técnicos de som Brad Madix e Brent Carpenter; técnicos de instrumentos Lorne Weaton, Bobby Huck, Tony Geranios e Russ Ryan; técnicos de vídeo David Davidian e Bob Larkin; e gerente de produção Craig Blazier.

"Backstage Secrets" vai ser transmitido em fevereiro em alta definição no Canadá - disponível via satélite pela Bell ExpressVu. Será também transmitido nos Estados Unidos pela Rave HD.

Matéria: Daniel Faria

Contéudo Retirado do Site:
http://whiplash.net/materias/news_892/067729-rush.html

RUSH S&A Tour - Concert Tech Documentary

RUSH S&A Tour - Concert Tech Documentary - Part 1/6
http://www.youtube.com/watch?v=NdwOOuqV4xU

RUSH S&A Tour - Concert Tech Documentary - Part 2/6
http://www.youtube.com/watch?v=0MveirQQTZk

RUSH S&A Tour - Concert Tech Documentary - Part 3/6
http://www.youtube.com/watch?v=g8KABDvalYQ&feature=related

RUSH S&A Tour - Concert Tech Documentary - Part 4/6
http://www.youtube.com/watch?v=yDdpTyaDtyQ&feature=related

RUSH S&A Tour - Concert Tech Documentary - Part 5/6
http://www.youtube.com/watch?v=L2ic6BXHVDc&feature=related

RUSH S&A Tour - Concert Tech Documentary - Part 6/6
http://www.youtube.com/watch?v=jARl8rGEeIA&feature=related

Dicionário Técnico

P.A - (Enderess and Public) sistemas de caixas endereçados ao publico.

MONITOR - Sistemas de caixas destinadas ou palco para retorno dos músicos e artistas.

BACK LINE - Esse nome se dar aos instrumentos, tipo bateria, percussão, estantes etc.

RAQUE - Caixa de madeira ou metal para acomodação de equipamentos em geral.

CASE - Caixa para proteção e transporte de equipamentos.

MAIN POWER - Sistema de energia.

AC - Corrente alternada.

SUB-SNAK - Multicabo pequeno.

MULTI-CABO - Um cabo com varia vias.


XLR

Originalmente uma marca registrada da ITT-Cannon para sua série de conectores circulares de três pinos, hoje um termo genérico designando o conector padrão para interconexões balanceadas analõgicas e digitais entre equipamento de áudio.


DI Box

Direct Interface Box ou Direct Injection Box - Dispositivo utilizado para possibilitar a ligação de um instrumento musical eletrificado (guitarra, violão, baixo, etc) diretamente na entrada de uma mesa ou pré. O aparelho provê uma carga de alta impedância para o instrumento, de forma a não afetar sua sonoridade, e ao mesmo tempo uma saída balanceada, de baixa impedância e isolada por meio de um transformador.

Existem DIs passivas, compostas apenas por um transformador e DIs ativas, com preamplificador alimentado por bateria ou phantom power. Algumas DIs possuem um atenuador na entrada para que possa receber o sinal de um amplificador de instrumento, balanceando a linha e enviando a uma entrada MIC ou LINE da mesa do PA ou estúdio. Outras tem incluso um circuito que simula o efeito da microfonação do falante de um amplificador de guitarra.


Filtro Passa-Altas

Em inglês, high-pass filter. Filtro que permite a passagem dos sinais de alta frequência mas atenua (reduz o nível) dos sinais de baixa frequência. Também conhecido como filtro corta-baixas (low-cut filter), ou filtro de graves quando apicado a sinais de áudio. Um filtro passa-altas é o oposto de um filtro passa-baixas (low-pass filter). A combinação dos dois forma um filtro passa-banda (bandpass filter).


Filtro Passa-Baixas

Em inglês, low-pass filter. Filtro que permite a passagem dos sinais de baixa frequência mas atenua (reduz o nível) dos sinais de alta frequência. Também conhecido como filtro corta-altas (high-cut filter), ou filtro de agudos quando apicado a sinais de áudio. Um filtro passa-baixas é o oposto de um filtro passa-altas (high-pass filter). A combinação dos dois forma um filtro passa-banda (bandpass filter).


Full-Range

Faixa ampla - Alto-falante destinado a reproduzir grande parte do espectro audível (graves, médios e agudos), indo de dezenas ou uma centena de Hz a vários kHz. Alguns tipos têm dois cones concêntricos, sendo que o menor (whizzer) reproduz os agudos. Costuma representar uma solução de compromisso onde um sistema de duas ou mais vias não é viável (sistemas portáteis, som ambiente, etc), embora atualmente se fabriquem unidades de notável desempenho, utilizados até em sistemas hi-fi.


Largura de Banda

bandwidth - BW - Também chamado de banda passante. A distância entre os limites superior e inferior de um sinal de áudio composto por mais de uma frequência. Como exemplo, a resposta em frequência de uma linha telefônica analógica para transmissão de voz é de 300 a 3400 Hz, então a largura de banda da linha é 3100 Hz. Em aúdio, é mais comum especificar em oitavas, sendo no exemplo acima, de aproximadamente 3,4 oitavas.

A largura de banda determina o Q (fator de qualidade) de um filtro, parâmetro comumente citado em equalizadores paramétricos. A tabela abaixo mostra a relação entre ambos:


Q largura
-------------------
0.7 2 oitavas
1.0 1 1/3 oitava
1.4 1 oitava
2.8 1/2 oitava
4.3 1/3 oitava


Os limites considerados são os pontos onde a potência do sinal cai à metade de seu nível nominal, ou seja, -3dB.


Low-Cut

Corte de graves. Tipo de filtro que atenua as frequências de um sinal de áudio abaixo de um determinado ponto do espectro sonoro.

Em mesas de mixagem, preamplificadores e softwares de gravação, este recurso é utilizado para reduzir ou eliminar sons de baixa frequência indesejados, tais como: ruído de manuseio em microfones, vazamento de graves do PA nos microfones do palco, ruído do vento em eventos externos, vazamentos do som do bumbo nos outros microfones da bateria durante gravações, etc.

Nas mesas e prés analógicos, normalmente a frequência é fixa em 120, 100, 80 ou 70 Hz, muito embora em algumas mesas e prés de alto custo, esta possa ser variável. A taxa de atenuação (slope) costuma ser de 12, 18 ou 24 dB/8ª. Em equipamentos digitais, estes parâmetros costumam ser mais versáteis, definidos pelo usuário.


Osciloscópio Eletrônica

Equipamento eletrônico de teste. Um instrumento com a função de tornar visível o valor instantâneo de uma ou mais grandezes elétricas variáveis em função do tempo ou outra grandeza elétrica ou mecânica.


Overload

Sobrecarga. Em eletrônica, é a condição onde o nível de um sinal ultrapassa um determinado ponto. Muitos equipamentos (processadores e amplificadores) incorporam luzes de aviso, indicando quando há sobrecarga. Não há um padrão oficial definindo este ponto, mas convencionou-se que o indicador de overload deve acender cerca de 3 dB antes do recorte (clipping) do sinal. Nos bons equipamentos, a indicação ocorre sempre que há sobrecarga em algum ponto do circuito, e não apenas na entrada ou saída.


Pad Eletrônica

1. Atenuador - Rede passiva geralmente formada por resistores com a função de reduzir o nível de um sinal de áudio. Também pode ser desenhado para prover casamento de impedância. a depender de sua topologia, podem ser classificados como pads em L, T e pi, simétricos ou assimétricos.

2. Placa de borracha equipada com um sensor de pressão. Dispositivo utilizado em instrumentos musicais eletrônicos, em especial nas baterias, para disparar sons sintetizados ou pré-gravados (sampleados).


Phantom

Phantom power (alimentação fantasma) - padrão de alimentação para microfones, que utiliza o mesmo cabo por onde passa o sinal de áudio balanceado. O valor mais comum de tensão é 48VCC, entregue por resistores de 6800 ohms, mas também existe alimentação fantasma de 24 e 12 volts, por meio de resistores de 1200 e 680 ohms, respectivamente. em qualquer caso, a capacidade de fornecimento de corrente é de 10 a 15mA. Portanto, não se deve alimentar circuitos "pesados" por esta via.

A maior parte dos microfones pode trabalhar com tensões entre 9 e 52V, não sendo necessário 48V exatos. Mesmo porque em seus circuitos internos, essa tensão é reduzida para um valor ainda menor, geralmente 5 ou 9V.

A mesma tensão positiva está presente em ambos condutores de sinal no cabo (terminais 2 e 3 do conector XLR) portanto, mesmo num microfone sem preamplificação interna (dinâmicos em geral), sua presença não o danificará. É possivel conectar um microfone comum numa entrada com phantom sem problema algum. Por outro lado, se o cabo ou conector apresentar problema (mal contato, solda ruim, etc), surgirão ruídos no áudio quando a alimentação phantom estiver ligada.

Matéria:

Contéudo Retirado do Site:
http://tarcisiosom.blogspot.com/2010/03/linguagem-tecnica.html

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Riders, Som e Luz, Plantas de Palco

Neste site você pode encontrar alguns Riders, Som e Luz, Plantas de Palco
de artistas Brasileiros.

http://www.paginadosom.com.br/gps/rider.php

Quando o Roadie não ajuda


E então o roadie pegou o carro do músico e foi passear...

É um grande negócio poder contar com roadies para montar palco, carregar equipamentos, conectar cabos, organizar as ligações elétricas, ajudar em momentos inusitados como troca de guitarras, e alguns imprevistos como quebra de cordas, etc.

Fim de show é seguramente o momento em que mais sentimos que o roadie valeu cada centavo. Depois de todo o cansaço de uma apresentação, é chatíssimo e muito desanimador ter que desmontar, conferir, carregar e guardar todo o equipamento.

De alguns anos para cá, passei a contratar roadies para a maioria das apresentações que faço, e confesso que a maioria de minhas experiências foi muito positiva, mas tive muitas bastante negativas também. Descreverei aqui algumas das experiências negativas vividas pelo guitarrista profissional Vagner Lucena, hoje na banda Zero Onze, e também uma experiência ruim que eu mesmo tive.

A Angels, antiga banda do Vagner, usava três roadies. Nenhum deles era profissional ou tinha experiência. Dois deles estudavam música. Os roadies 1 e 2 tocavam bateria. O roadie 3 não tocava instrumento algum, nem tinha sido roadie antes. A intenção era ensiná-los a profissão, e em troca a Angels teria roadies trabalhando bem alinhados com as necessidades da banda.

Os três queriam acumular experiência, e os que eram músicos aspirantes (sem emprego e sem atividades paralelas), podiam ter uma visão mais próxima e clara do aspecto do dia-a-dia numa banda de entretenimento, mesmo que ganhando pouco dinheiro.

O primeiro problema ocorreu durante um grande show, sábado, casa lotada, pista fervendo. O roadie 2 passou pelo Vagner pra resolver algum problema técnico. Na pressa de deixar o palco rapidamente, ele tropeçou no cabo da guitarra. O tranco fez com que o som fosse substituído por um ruído ensurdecedor que foi direto para os PAs, deixando o público bem apreensivo. O cabo havia destruído o jack do amplificador, quebrando-o por dentro.

A banda prosseguiu e terminou a entrada sem a guitarra. No intervalo, os músicos no desespero pegaram um amplificador no estúdio do baixista para poder salvar o resto da noite.

O chato é saber que se as conexões tivessem sido feitas com um pouco mais de cuidado, como, por exemplo, ter dado volta no cabo por baixo da alça do amplificador, provavelmente não haveria ocorrido dano algum ao equipamento.

Correr num palco também é outra coisa muito perigosa. Falta de experiência total e absoluta. Claro que o conserto ficou por conta do Vagner, já que o roadie não tinha a menor condição de arcar com o prejuízo.

Outra situação ruim foi numa festa de casamento. Durante a passagem de som da Angels o roadie 1 montou todo o palco e plugou o amplificador (110V) numa tomada 220V. Vagner subiu ao palco pra passar o som da guitarra e quando ligou o amplificador, advinha? Queimaram todas as saídas.

Ele sempre deixa junto aos equipamentos um “tester” pra medir a voltagem da tomada, tudo sob cuidado do roadie, mesmo assim isso aconteceu. O prejuízo mais uma vez ficou por conta do guitarrista.

A banda acabou pagando “curso de roadie" para os três meninos, mas infelizmente, por falta de gente que leve a profissão a sério, e um pouco de trauma, a banda e os músicos não contratam mais nenhum roadie.

Passei várias situações chatas com o roadie numa única apresentação com a banda Vodu no bar Manifesto. Contratei um roadie que havia sido indicado e parecia competente. Ele me encontraria em casa para me ajudar a carregar o carro. Meu carro ficaria completamente lotado com 2 pessoas e equipamento.

O roadie chegou em casa com a namorada. Esse foi o 1º transtorno. Ela foi junto no carro até o bar, deixando a condução bem complicada.

No bar, na passagem de som, o roadie ligou os cabos de guitarra da maneira errada. Tive que largar a guitarra e refazer toda a ligação. Perda de tempo, tensão, etc.
Terminada a passagem, demonstrei novamente como deveria ser tudo ligado na hora do show, e escrevi em papel todo o esquema de ligações de forma didática.

Na hora do show, a banda estava no palco, o público olhando, mas cadê o som da guitarra. O roadie ligou errado de novo. Tive que largar a guitarra e refazer eu mesmo as conexões.

O melhor ainda estava por vir. Terminado o show, pedi ao roadie para buscar no meu carro um acessório. Passados uns 30 minutos, nada do roadie reaparecer no bar. De repente, sua namorada veio até mim furiosa. O roadie havia desaparecido, e ela me confessou que ele havia saído por aí com meu carro pra dar umas voltas. Fiquei louco!

Ninguém atendia o celular do roadie, nada dele voltar, sua namorada chorando e eu querendo chamar a polícia.

Fui pra porta do bar com amigos e com a namorada do roadie. Uns 20 minutos mais tarde ele retornou. Não conseguiu explicar o absurdo que havia feito. Meu carro estava intacto, mas eu fiquei maluco e dispensei o roadie.

Hoje ainda chamo roadies para apresentações, mas faço o possível para treiná-los muito bem e sou muito mais criterioso quanto à escolha da pessoa.

Matéria: José Xinho Luís

Contéudo Retirado do Site:
http://www.territoriodamusica.com/guitarraseafins/?c=294

Direção de Shows

Popularmente no Brasil é muito comum utilizarmos a palavra show para designar a apresentação de uma banda. A simples execução de um repertório feito ao vivo por um ou mais músicos poderia ser considerada um show, mas não é tão simples assim.

Show – Palavra de origem Inglesa: mostra, exibição, espetáculo, demonstração.

Para a realização de um verdadeiro show, é muito importante que a apresentação seja previamente elaborada, ensaiada e que tenha uma direção de show.

DIREÇÃO DE SHOWS

Vamos começar falando sobre algo muito importante: a obra e seu criador.Não existe esse papo de dizer que tal compositor quis dizer isso ou aquilo. No processo de criação de uma obra há tantos detalhes presentes no inconsciente do artista que algo podemos garantir:

SOMENTE O AUTOR SABE O QUE REALMENTE ELE QUIS DIZER OU PASSAR PARA O MUNDO!

Sendo assim, todo e qualquer palpite não passa de interpretação individual de cada ouvinte ou espectador.Se quiser saber o significado de uma obra, pergunte diretamente para o autor.

É obrigação do diretor do show, tal como do produtor musical, enxugar o máximo de idéias do artista para desenvolver o tema, direção e detalhes muitas vezes invisíveis à primeira vista. Não adianta querer fazer uma banda de Punk Rock se movimentar como o corpo de um balé clássico, nem uma dupla sertaneja agir como malabaristas de circo só para fazer um show realmente diferente. Será no mínimo motivo de risadas e chacotas. Se esse não for o objetivo, é importante ouvir as idéias de todos na banda e chegar a um consenso para desenvolver uma boa direção de show, utilizando-se de princípios básicos como repertório e posicionamento em palco ou mergulhar no universo de infinitos detalhes como textos, maquiagem, iluminação, movimentação em palco, figurino, etc...

Quanto ao nome de uma turnê ou titulo de um show é comum que esse titulo tenha relação com uma idéia pré-concebida. A fonte dessa idéia pode ser um disco, o nome de algo ou lugar, uma frase que reflita um estado de espírito, etc.

A forma com que essa idéia interage com a performance da banda, a iluminação, a música, o público, o espaço físico e a seqüência de apresentação do repertório, em geral, são fatores importantes para se desenvolver a direção de um show.

A maneira de cada diretor de show trabalhar pode apresentar inúmeras variações e é importante saber que a definição de qualquer forma de expressão artística é sempre relativa e nem sempre desejável. No entanto, partindo-se de princípios didáticos, existem alguns pontos fundamentais que ajudam ilustrar de maneira mais clara as incríveis idéias de nossos artistas.Veja agora as dicas para um bom trabalho de direção:

1. Procure ensaiar a banda na mesma posição estabelecida para o show;

2. Ensaiar nunca é demais. Preparem-se para os imprevistos, eles certamente ocorrerão e são fatores que dão mais emoção;

3. Não bloqueie a criatividade. Primeiro visualize a idéia grandiosa e depois veja como ela poderá se enquadrar no orçamento disponível para a produção;

4. Ter estilo, forma e conteúdo;

5. Não queira fazer tudo sozinho. Se possível contrate, gere empregos, faça parcerias, contrate equipes especializadas em cada setor. Isso melhora a qualidade e facilita a cobrança de resultados;

6. Desenvolva uma pauta com metas, prazos e resultados;

7. Visite com antecedência, se possível, o local do show e verifique se as condições estão de acordo com suas expectativas. Desta forma haverá tempo hábil para eventuais mudanças;

8. Observe sempre se o local e o público são adequados ao perfil de sua banda;

9. A passagem de som (sound check) deve ser marcada com bastante antecedência. Uma boa passagem de som, na maior parte das vezes, é essencial para se ter um bom show;

10. Passagem de som não é ensaio. Os músicos devem saber todo o repertório sem errar.

11. Na passagem de som dê prioridade para a música mais “pesada” (instrumentação), a que tenha mais vocais e a mais “leve” (balada). Isso ajuda a regular os níveis de som;

12. Procure montar um repertório (set list) que leve em consideração possíveis movimentações, trocas de instrumentos, roupa, etc, e que possa ser alterado sem perder a identidade e unidade do show;

13. Na montagem do repertório, visualize graficamente os momentos de relaxamento e de ápice do show, deixando preparada uma música para o “bis” (encerramento);

14. Procure ter o melhor relacionamento possível com a equipe técnica. Eles são muito importantes para o bom desempenho do seu show;

15. Não se esqueça do kit para show: um bom mapa de palco, rider técnico e input list;

16. Mantenha sempre uma boa manutenção dos instrumentos;

17. Use sua criatividade, se adapte, modifique, seja versátil. A originalidade é um fator muito apreciado e útil para enfrentar imprevistos;

18. Não se esqueça que o público é importante coadjuvante para seu show.

Essas são algumas diretrizes para uma direção de show bem sucedida. Veja bem, não é preciso ter um orçamento de 1 milhão de dólares para começar a agir corretamente e fazer um bom trabalho. Não pense nas dificuldades, pense nas soluções, brinque, invente, mas tenha sempre bem claro em sua mente qual sua idéia e o motivo. Na próxima edição falaremos sobre dicas de como escolher um bom estúdio para gravar o primeiro CD.

“A imaginação é mais importante do que o conhecimento” – Albert Einstein

Máteria:
Rodrigo Simão

Contéudo Retirado do Site:
http://whiplash.net/materias/producao/000408.html

Gírias e Expressões

Um certo dia, em um festival de bandas, o organizador do evento pergunta para um músico: - Olá, você é quem vai tocar hoje à noite? - Sim - responde o amigo músico. - Trouxe o "Stage Map"? - Trouxemos... Mas já havíamos mandado tudo com antecedência para sua equipe, inclusive o "Rider Técnico" e o "Input List". - "Ok". Vou dar uma olhada; devo ter deixado junto com o "Release" de vocês. - responde o organizador.

Depois de algum tempo, com todos os músicos no palco acertando os últimos detalhes na passagem de som, um deles pergunta para o Técnico de Som:

- Posso ligar meu teclado no "Direct Ibox"?
- Sem problemas, inclusive o "AC" esta aí do lado.
- Eu queria mais som no "P.A", pode ser? - Pergunta o vocalista.
- Não dá, o volume geral já está saturando, o que posso fazer é dar mais volume no "Side Fill".
- Acho que a microfonia está vindo dos "Over Heads". - diz o baterista.
- Pede para o "Roadie" arrumar a posição do "Mic" e me dê um sinal quando estiver tudo "Ok". - Fala o técnico.

Não se assuste, isso não é aula de inglês nem um novo dialeto. Simplesmente é uma conversa muito comum nos palcos da vida. A influência da língua inglesa está presente em muitas coisas que fazemos hoje em dia.

Na música não é diferente, por isso é importante estar atualizado com a linguagem desenvolvida no meio musical e se adaptar para não ficar "pagando mico".

Não tente inventar um novo vocabulário só para mostrar que você é muito experiente, nem rejeite a linguagem utilizada por achar que fere os princípios dá ética de um Brasileiro patriota. O mais importante é:

APRENDA A SE COMUNICAR E DAR SOLUÇÕES PARA OS PROBLEMAS.

Agora veja alguns termos muito utilizados no cenário musical e seus significados:

A.C - (Corrente Alternada) Ponto de voltagem indicado por 110v ou 220v.
ADAT - Gravador digital da fabrica Alesis (Oito canais) que utiliza fita S-VHF.
ÁUDIO - Tudo que se refere a som captado.
BANANA - Conhecido também como plugue P-10 ou plugue de guitarra.
BANHEIRA - Caixa onde se pluga os cabos de microfones e instrumentos.
BOOM - Pedestal Boom-Jirafa - Pedestal comprido muito usado em novelas.
BRILHO - Gíria. Agudos, freqüências altas.Ex: Mais brilho igual a mais agudo.
CASE - Estojo, rack ou embalagem especial para proteção de equipamentos.
COMPRESSOR - Efeito que comprime o áudio, melhorando o nível de sinal.
DA CAPO - Termo italiano que significa - Do Começo.
DI BOX - (Direct Injection Box) Pequena caixinha que regula a impedância e polaridade do sinal mandado do instrumento direto para a mesa de som.
EAR MONITOR - Sistema de retorno individual parecido com aparelho auditivo.
FADE IN - Aumentar gradativamente o volume.
FADE OUT - Abaixar gradativamente o volume.
FLAT - Ponto inicial da escala dos equipamentos eletrônicos.Zero.
INPUT LIST - Endereçamento de canais de áudio para: microfones, instrumentos, etc.
MIC - Microfone.
MIXER - Significa pequenas mesas de som.
O.V.N.I - Gíria. Coisa ou algo muito sensacional, "de outro mundo".
OVER ALL - Microfone para captação geral de um determinado ambiente ou palco.
OVER HEAD (O.H) - Dois microfones colocados acima dos pratos de bateria.
P.A. - (Public Address) Colunas ou caixas de som viradas para o público.
PELINHO / CABELO - Gíria. Quer dizer - Só um pouquinho!
PRATICÁVEIS - Plataformas fixas que elevam do chão o instrumento ou músico.
RÉGUA DE AC - Gíria. Extensão de energia elétrica com varias tomadas.
RELEASE - Documento com informações, fotos e histórico da banda ou projeto.
RIDER TÉCNICO - Lista de equipamentos utilizados pela banda, ex: mix, mic, efeitos, etc.
ROADIE - Ajudante do músico que monta, desmonta e regula os instrumentos.
RODAR LÂMPADA - Gíria. Complicar ou fazer hora. Equivale à gíria "cozinhar o galo".
SIDE FILL - Caixas laterais de palco, sempre denominadas (L) Left e (R) Right.
STAGE MAP - Mapa de palco.
STAGE MONITORS - Caixas de retorno de som utilizadas no palco.
TRIGGER - Dispositivos eletrônicos de contato sensíveis a vibrações.
XLR OU CANON - Conector de três pinos usado em mic.(Canon é uma das marcas).

Ai vai meu conselho:
Preste atenção aos diálogos de técnicos e montadores de palco, converse, seja simpático e lembre-se que antes de começar a balbuciar as primeiras palavras, você teve que ouvir muitos sons estranhos e sem sentido, para depois de um tempo começar a entender os seus significados. Divirta-se.

"Se fores inconstante como a água, não chegarás ao alto" - Marden.

Máteria:
Rodrigo Simão

Contéudo Retirado do Site:
http://whiplash.net/materias/producao/000341.html

Sobre a vivência de um Roadie

Cedo acorda e vai de bicicleta até a casa do músico. Falta o ginásio, e mal avisa a mãe que vai ficar um dia fora. Os braços ainda estão dormentes do sono, mas logo começa a trazer os amplificadores para a van: primeiro os maiores e mais pesados para ir encaixando o resto menor depois. O mau jeito na coluna vai relembrando, até a cidade que ocorrerá o show, para não ir carregando peso sem antes alongar. Já está de tardezinha e chega ao destino: descarrega tudo no palco, liga os cabos, refaz a maioria das coisas de novo já que o dono do bar, que chega atrasado, diz que assim o público não vai aproveitar muito bem a apresentação. Observa a passagem de som pensando sobre o lanche: “aumenta o vocal”! Quando os músicos terminam, todo mundo pra lanchonete mais vagabunda e mais próxima para uma refeição nada nutritiva. Enquanto os músicos vão para o hotel tomar banho e passar perfume indagando quantas garotas haverá para dizer-lhes que são lindos, o roadie ainda lembra do mau jeito nas costas.

Alta noite, horário atrasado, a primeira música começa: muitas outras virão pela frente. O roadie só tem espaço para pensar quando que vai arranjar uma banda que preste para estar ele lá em cima do palco. Show sem problemas, já vai começar o bis. E até que passou rápido! Quem vai dar a canja é quase um amador; na empolgação, como se aquele momento fosse o único em sua vida que estaria num palco, chutou sem querer um pedestal, que na vista do roadie foi caindo de vagarinho, como um filme em câmera lenta. Poucos ali sabiam o que acontece quando um microfone se choca com o chão: Tum, chh, piiiiiiiiiiii. Depois daquilo todo saberiam. Pelo menos foi por um curto tempo, o roadie estava ágil enquanto a câmera estava lenta e aliviou o público de desconforto que poderia durar uns minutos a mais.

Fim das músicas. As garotas em grande número fazendo o papel delas. Empresário vendendo os CDS. Olha-se para aquele palco tão bonito e percebe que tudo já acabou. Ao esvaziar da casa, começa a desmontagem. As costas foram muito bem esticadas dessa vez, mas a dor já tinha se instalado. Mesmo assim, no cansaço tudo é feito de bom grado, com o rosto quase sem expressão, cabelo embaraçado e a boca bocejando. Por fim, conhece sua cama de uma noite. Poucas horas de sono não suprem o cansaço: mas quanto mais cedo sairmos... De volta para a casa.

Descarrega tudo. O amplificador nem pesa mais, o braço está amortecido. A bicicleta vai enferrujar: ficou exposta a chuva. Pedalando de volta, pensando em deitar numa cama de verdade. Esqueceu que tinha tarefa, meu filho. Ainda era ginasiano e tinha seus afazeres. Essa vida não te leva longe. Ainda sim, é bom estar perto do ambiente em que se deseja trabalhar, mesmo que do outro lado.

Matéria: Renato Cardoso

Contéudo Retirado do Site:

http://whiplash.net/materias/opinioes/000776.html

Documentário Profissão Roadie

Trailer do Documentário Profissão Roadie:
http://www.youtube.com/watch?v=uN32XGSzads

Documentário Profissão Roadie PARTE 01
(Que diabos fazem os Roadies):
http://www.youtube.com/watch?v=CXZrRO_fGv4

Documentário Profissão Roadie PARTE 02
(Como tudo Começou):
http://www.youtube.com/watch?v=NwUc_bvgVfc

Documentário Profissão Roadie PARTE 03
(Não é só curtição. Somos Profissionais):
http://www.youtube.com/watch?v=QAKQSzh2YmA

Documentário Profissão Roadie PARTE 04
(O Show):
http://www.youtube.com/watch?v=5G_clSqpMEI

Documentário Profissão Roadie PARTE 05
(E Mercado de Trabalho? Dá dinheiro?):
http://www.youtube.com/watch?v=BrSlZRUXvdg

Documentário Profissão Roadie PARTE 06
(A Técnica é a alma do Negócio):
http://www.youtube.com/watch?v=0xfVGo1fRX0

Documentário Profissão Roadie PARTE 07
(Na Estrada 1ª parte):
http://www.youtube.com/watch?v=2AO0dx_ML0s

Documentário Profissão Roadie PARTE 08
(Na Estrada 2ª parte):
http://www.youtube.com/watch?v=eZGepQK2Dp4

Documentário Profissão Roadie PARTE 09
(Sexo Drogas e Rock'n'Roll ?):
http://www.youtube.com/watch?v=qAXpO5eHBUE

Documentário Profissão Roadie PARTE 10
(Vale a Pena):
http://www.youtube.com/watch?v=-6GLlkCkmsc

Funções de um Roadie

Então você conseguiu tornar-se um roadie - você está agora em turnê com uma banda ou um espetáculo. Você tem seu emprego e a sua especialidade - pode ser luzes, som, segurança etc - mas pode ser surpreendido ao saber que o trabalho exige mais do que isso.

Roadies geralmente têm outras funções além das que são o seu foco principal. Uma das principais é ser o membro de uma equipe e fazer o que for necessário para que o show seja um sucesso. Isto pode significar ter que trabalhar em outras áreas que possam estar precisando de ajuda. Também significa manter o senso de humor na ocasião de uma crise. Você terá que melhorar suas habilidades de comunicação e relacionamento com as pessoas, já que o trabalho duro e as viagens podem deixar os nervos à flor da pele e o levar à exaustão.

Como membro de uma equipe, você estará representando os artistas e a companhia de produção para a qual trabalha. Isto significa ser um embaixador, com atitudes e profissionalismo sincronizados ao mesmo tempo com o público e com os interesses comerciais das pessoas com quem você interage.

Muitas vezes os roadies são os mediadores entre os artistas e outras pessoas, como os donos dos locais onde os shows são feitos e operadores. É trabalho do roadie achar um ponto de equilíbrio entre a visão artística e as necessidades de seu patrão com a do público e do local. Enquanto os artistas, por exemplo, podem pedir que uma chama de 30 metros seja lançada durante uma determinada música, o roadie deve trabalhar junto à equipe de segurança para garantir a viabilidade deste efeito sem oferecer riscos. Pode recair sobre o roadie a tarefa de explicar o motivo de algumas coisas não poderem ser feitas.

Resumindo, não se aprende a ser um roadie numa sala de aula. Tornar-se um e saber executar suas funções vem com o tempo e com a maturidade propiciada pela experiência. Roadies devem sempre manter a razão para que os outros possam se divertir.

Matéria: Tim Crosby

Contéudo Retirado do Site:
http://lazer.hsw.uol.com.br/roadies.htm


Dicas para se tornar um Roadie

Uma vez que você tenha decidido se tornar um roadie, você tem que encontrar uma forma de entrar no mundo do show biz. Tornar-se um roadie, e conseguir trabalho nessa área não é tão difícil se você sabe como proceder e se tiver as características procuradas pelas turnês.

Como no caso de muitas outras vagas, um ótimo lugar para começar a procurar é a Internet. Site como roadiejobs.com (em inglês) apresentam diversas oportunidades, listadas por posições e experiência. O site também tem uma sala de bate-papo, onde roadies já atuantes e aspirantes à vaga podem trocar informações e dicas.

Você também pode procurar por shows e espetáculos específicos - se você deseja trabalhar com uma banda em particular, por exemplo - para saber se alguma turnê está sendo planejada. Algumas também publicam anúncios em seus próprios sites.

Se encontrar alguma vaga interessante, no entanto, você deverá ter algo para provar que é capaz de executar o serviço. Algumas vezes é interessante se voluntariar para ajudar nos shows - algo como um estágio - para ganhar experiência e incluir no currículo. Em último caso, você pode procurar em sua própria cidade por alguma oportunidade de ajudar um grupo local. Cuidar da aparelhagem de som do coral da igreja local, ou ajudar a construir o cenário do grupo de artes de algum teatro pode não ser tão excitante quanto cuidar da afinação das guitarras para o Ozzy Osbourne, mas lhe ajudará a conseguir experiência em auxiliar apresentações ao vivo.

Uma forma mais direta de se tornar um roadie pode envolver treinamento formal. Muitas escolas oferecem cursos e certificados para técnicos de som ao vivo (em inglês), por exemplo. Além disso, ter um diploma na área de artes, como teatro, música, ofícios de palco, rádio e TV, etc, mostrará que você é dedicado e sério, assim como lhe dará o treinamento técnico que você necessitará para auxiliar em uma turnê.

Matéria: Tim Crosby

Contéudo Retirado do Site:
http://lazer.hsw.uol.com.br/roadies.htm

Tipos de Roadies

Pare e pense em quantas coisas são necessárias para que um típico show de rock seja um sucesso. Além da música no palco, existe uma ampla gama de fatores que podem decidir se os fãs irão se divertir ou se apenas a banda ganhará dinheiro. Na maioria das vezes, o público desconhece esses fatores - a menos, é claro, que algo dê errado.

Em cada caso, os roadies fazem de tudo para garantir que tudo corra bem.

Como em qualquer boa equipe, os roadies tem diferentes funções, coordenando cada trabalho para garantir uma produção sem falhas. Isso significa que cada um dos roadies deve ser hábil em sua função, não importa se o trabalho seja simples ou envolva conhecimentos técnicos.


Timothy Large © iStockphoto.com
Os roadies são os responsáveis pela montagem e desmontagem dos equipamentos de um show

Existem muitos tipos de roadies. Alguns, por exemplo, são especializados em luzes e iluminação de shows. Turnês musicais e outros shows frequentemente usam uma série de spots, luzes coloridas e lasers para deslumbrar sua platéia e destacar seu trabalho. Roadies técnicos em iluminação devem ser especializados em aparatos elétricos, assim como estar em sintonia com os artistas e produtores ao usar as luzes para efeitos. Em muitos casos, os roadies de iluminação devem sentir-se confortáveis em trabalhar no alto, já que muitos canhões de luz são instalados no alto do palco e precisam ser desmontados após o show.

Outros roadies cuidam do visual e do clima do palco. Os projetistas de palco podem cuidar da pirotecnia, como as máquinas de fumaça, flashes e outros equipamentos do gênero. Também podem cuidar de elevadores, cabos e equipamentos hidráulicos. Eles também trabalharão com os roadies técnicos em som para garantir que os amplificadores, microfones e outros itens estejam em seus locais corretos. O projetista de palco freqüentemente trabalha com itens perigosos, e por esse motivo deve ser muito bem treinado.

Outros roadies podem focar nos cuidados com os instrumentos musicais. Técnicos especializados em guitarras, pianos e baterias garantem que os instrumentos dos artistas estejam prontos para a ação - noite após noite e cidade após cidade. Outros roadies dão assistência aos artistas, garantindo que estejam prontos para subir ao palco no momento certo, enquanto alguns se especializam na segurança ou trabalham com os empresários das bandas.

Matéria: Tim Crosby

Contéudo Retirado do Site:
http://lazer.hsw.uol.com.br/roadies.htm

Como se tornar um Roadie

"Eles são os primeiros a chegar e os últimos a sair, trabalhando por um salário considerado mínimo", é como o pop star Jackson Browne descreveu a vida de um roadie em seu clássico de 1977 "The Load Out". A música é uma homenagem a muitos trabalhadores, técnicos e apoiadores que trabalham nos bastidores do mercado de turnês de shows. Eles são aqueles que "montam e desmontam tudo", canta Browne.


©iStockphoto.com/Robert Kohlhuber
Os roadies são parte essencial da equipe que faz os shows acontecer

Bandas (em inglês) que viajam muito e outros shows não funcionam sem os constantes esforços de um roadie. Como o esforço e as viagens são parte do trabalho, a vida de um roadie também evoluiu com o passar do tempo e com a tecnologia.

Os roadies assumem diferentes papéis na organização de uma turnê. Alguns cuidam e operam os equipamentos, por exemplo, enquanto outros dirigem ou cuidam da segurança. Outros ainda atuam como assistentes pessoais de membros do show ou dos produtores musicais. Para ser um roadie, você precisará de grande habilidade de comunicação e saber trabalhar como membro de uma equipe. Uma qualificação principal pode ser de grande ajuda e, em alguns casos, treinamento técnico ou até mesmo uma graduação podem ser exigidos.

Tornar-se um roadie pode ser uma ótima chance se você tem o desejo de trabalhar muito e fazer parte dos bastidores do show business. Para isso, você terá de seguir alguns passos para aproveitar a oportunidade que surgir.

Matéria: Tim Crosby

Contéudo Retirado do Site:
http://lazer.hsw.uol.com.br/roadies.htm

Entrevista Zé Roadie no Showlivre.com

Entrevista Zé Roadie no Showlivre.com Parte 01
http://www.youtube.com/watch?v=uFyIrKG4_wo&feature=player_embedded

Entrevista Zé Roadie no Showlivre.com Parte 02
http://www.youtube.com/watch?v=HbvbkVzBtAY&feature=player_embedded

Entrevista Zé Roadie

Angra, Fresno, Natiruts, Luiza Possi e Raimundos. Essas são algumas das bandas do currículum de José Arnaldo ou, como é mais conhecido: Zé Roadie. Nesses 22 anos dedicados a música, já trabalhou para dezenas de bandas. Há pouco tempo atrás estava em turnê com os gaúchos da Fresno e hoje está com a dupla Chitãozinho e Xororó. Confira abaixo a entrevista que fiz com ele!

Como a música entrou na sua vida? Com quantos anos começou a tocar um instrumento?

Eu sou filho de músico. Meu pai tocava violão e cantava, então a música sempre este presente. Comecei aos 12 anos de idade estudando guitarra, mas a paixão pela bateria bateu mais forte, eu sabia que iria trilhar este caminho da música mas, quando se é adolescente, é comum a dúvida.

Quando e como você começou a se interessar pelo trabalho de roadie?

Como a maioria das famílias brasileiras éramos bem pobres, tanto que comecei a trabalhar aos 7 anos de idade. Como eu não tinha grana pra comprar minha bateria, eu ficava nas portas dos bares e casas de shows em Campinas-SpPaonde eu morava na época, e pedia para os músicos para ajudar a carregar os cases e bags com instrumentos, era uma forma deu estar no meio da música. Mais tarde, consegui comprar minha primeira batera mas ai a paixão pelos bastidores bateu muito mais forte, então decidi fazer da música (Tocar) um hobby e roadie a minha profissão.

Muitas pessoas dizem que roadie é um músico que não teve sucesso. O que você acha disso?

“Quando você é frustrado por não fazer o se gosta, jamais fará outra coisa com total perfeição”

O que as pessoas precisam entender que músico é uma profissão e roadie é outra…

O músico aprende sobre notas musicais, arranjos etc, o roadie aprende sobre a parte técnica dos instrumentos e equipamentos,claro toda regra tem a sua exeção, existem sim o roadie que é uma músico que não deu certo e trabalha com roadie pra sobreviver,mas é minoria pode apostar.

Zé e Lucas da Fresno – Foto: Luringa

Como é a sua amizade com o pessoal da Fresno?
Quando eu conheci a banda e fui convidado para trabalhar com eles eu estava com outros artistas, mas o que mais me chamou atenção era a força de vontade de todos da banda, eles respiram musica, adoram o que fazem, por isto eu me dediquei durante dois anos exclusivamente a banda. Hoje somos muitos amigos, a simplicidade que eles passam aos fãs é real. Hoje, apesar de não estarmos mais juntos, torço para que eles cresçam ainda mais, e espero ter ajudado de alguma maneira neste crescimento. Atualmente estou com Chitaozinho e Xororó.

Você já trabalhou com várias bandas nacionais e atualmente trabalha com a Fresno. Essa convivência com bandas gera muitas amizades e histórias engraçadas. Tem alguma dessas histórias que você pode contar?
Podem acreditar! O mais importante na minha profissão não é a grana que você ganha, os hotéis aonde fica, as cidades, paizes que você visita, mas as amizades que você faz pelo caminho, eu tenho amizade ate hoje com todas as bandas que eu trabalhei.
Um história engraçada mais recente, aconteceu com a Fresno, estávamos no interior de Minas, e assim que a banda começou a tocar, centenas de abelhas juntaram no Bell (Baterista). Eu passei boa parte do show tirando abelha da cabeça dele (risos). Só resolveu quando peguei a minha toca e coloquei na cabeça dele,rs..acho que elas não eram muito fan de rock não,rs…

Você já trabalhou com o Raimundos há alguns anos atrás. Com a recente volta da banda com o Tico nos vocais, não cogitaram a te chamar para trabalhar com eles?
Na realidade sempre que posso eu faço alguns shows com eles, torço muito para que esta vinda do Tico possa acrescentar na banda, eles ainda tem muito público e mesmo esta geração nova de fãs pode vir a gostar da banda, basta conhecerem o trabalho.

Foto: Luringa

Não é todo show que tem uma estrutura bacana, com uma boa infra estrutura de palco, que ajude o trabalho dos roadies e técnicos. Já aconteceu isso com você?

Olha, posso afirmar que pelo menos 60% dos shows não tem uma boa estrutura, mas como roadie, nossa função é fazer com que tudo de certo, por isto a criatividade faz parte do perfil do profissional. Todo show é importante, temos que sempre fazer nosso melhor para que o público tenha o melhor show da suas vidas.

Quais são as principais dificuldades enfrentadas pelos roadies antes, durante e depois do show?

Como disse acima, nossa responsabilidade é fazer com que tudo de certo, claro, as vezes vai além da nossa vontade ou esforço.

São muitas noites mal dormidas. As vezes, você tem que optar por tomar banho ou comer. Somos os primeiros a chegar no local do show e os últimos a sair.

Além de roadie de bateria e cordas, você tem qualificação profissional de Diretor de Palco, Tour Management, Produção Executiva e Consutoria Técnica. Pode nos explicar sucintamente o que faz o profissional de cada uma dessas áreas?

O diretor de palco é aquele profissional que administra entrada e saída das bandas no palco, cumprido o cronograma. Também é responssavel pela equipe de som, carregadores, enfim cuida de tudo que se refere ao palco.

O Tour Management é o gerente da turnê. Responsável por toda equipe técnica, equipamentos, em resumo tudo que se refere as estrutura de show.

O Produtor Executivo é o profissional que cuida diretamente dos artistas e seus interesses, agenda, cronograma etc.

Na consultoria técnica alem de dar todo treinamento para equipe e músicos eu também providencio toda documentação, rider, input, mapa de palco e mapa de luz.

Fale sobre o seu “Workshop Backstage” que vai apresentar em São Paulo no próximo mês!

O Workshop Backstage é um projeto que tem como objetivo qualificar os profissionais já atuantes e dar um orientação para os que querem entrar no mercado.

Na primeira etapa, nós conversamos sobre todos os profissioais e suas funções, é bom principalmente para quem quer trabalhar com música mas não sabe exatamente o que fazer e no que seu perfil se encaixa.

Na segunda etapa, falamos sobre a pré produção,cronograma, home list etc

Por fim, a parte prática: montagem de palco, passagem de som, afinação.

Todo conteúdo do WS é apostilado.

Qual foi o o maior e melhor show que você já trabalhou?

Sem dúvida o primeiro Planeta Atlântida que eu fiz com a Fresno. Mais de 40 mil pessoas cantando as músicas, foi uma satisfação pessoal mesmo, saber que está fazendo parte de tudo aquilo.

Quais são as coisas boas e ruins nessa profissão?

Boas: Ganha – se muito bem se comparado a outras profissões, viaja muito, bons hotéis, e ainda você tem a chance de trabalhar com quem você admira. Mas o melhor de tudo mesmo, são os amigos que você faz pela estrada e a experiencia de vida. Cada dia você estaáem um lugar com costumes e culturas diferentes, eu piro nisso.

Ruim: Ficar longe da família e amigos, muitas vezes sem natal ou aniversários. Não tem vínculo empregatissicio.

Qual a dica que você dá para quem quer começar nessa área?

Primeira coisa gostar realmente da profissão. Como em qualquer outra o começo não é fácil, mas busca informação, faça contatos e conquiste amigos, mostre interesse e seja bem vindo.

Conheça mais o trabalho do Zé Roadie.
Acesse:
www.myspace.com/zeroadie
www.twitter.com/zeroadiefresno


Matéria: Over Rock

Contéudo Retirado do Site:
http://overrock.nacaodamusica.com/102/entrevista-ze-roadie/

Roadie: A Classe Mais Trabalhadora do Mundo da Música Conta Algumas Histórias

Foto: André Luiz Mello
A vida não é fácil, todo mundo sabe disso. Cada um com seus problemas, dúvidas, programas e correrias. Mas talvez exista um pessoal que corre mais do que todo mundo. Essa galera que está sempre meio escondida nos cantos dos palcos, com roupas escuras, passando desapercebida, é a que, provavelmente, mais entende de música no meio. Os roadies são a classe mais trabalhadora, que dá mais duro. São aqueles que chegam primeiro e saem por último e só vão para casa depois que o equipamento foi entregue na casa do artista ou no seu devido lugar de origem.

Vida Dura

Um roadie deve, basicamente, entender de tudo um pouco. Aqueles que mais se destacam entendem bastante de tudo. Dentre as obrigações estão: saber afinar uma guitarra ou baixo, montar uma bateria, saber regular os amplificadores, ser um pouco eletricista, estar em forma para correr quando o pedestal do microfone cair (ou quando o cantor atirá-lo longe), carregar peso e saber como o artista gosta do seu café. Em resumo, um roadie deve estar ligado 100% no artista e no andamento do show. Existem roadies que tomam conta só da bateria, ou só da guitarra, só do artista principal ou de tudo. Talvez o maior desafio seja passar por cima das diversas dificuldades que surgem antes ou durante um show.
Pedro Ribeiro conta sobre um show dos Paralamas do Sucesso no Estádio de Remo da Lagoa em 1986: "Estava chovendo e a água lavava de um lado ao outro do palco, dava choque em tudo! Até a bateria dava choque, inclusive os pratos. A gente estava trabalhando com luvas de borracha, mas nem assim nos livramos. A pedaleira do Herbert queimou, mas eles continuaram tocando". Josino Feitosa também teve problemas com a chuva: "A Elba (Ramalho) já cantou tomando choque no palco, tendo que enrolar uma toalha no microfone. Ela tem o costume de cantar descalça; quando tem, nós colocamos uma chinela de dedo, senão vai sem chinela. Volta e meia, durante a música, ela dá uns gritinhos".

A falta de estrutura também é um fator que dificulta muito a vida dos roadies. "Eu já fiz show com os Engenheiros do Hawaii no Rio Grande do Sul, em que tivemos que colocar umas vinte caixas de cerveja no chão com meia dúzia de folhas de compensado para construir um palco", conta Iran Bernardes. Mas não é só no Brasil que as coisas podem ficar feias para os roadies. João Ribeiro relembra uma situação muito chata no exterior: "Numa passagem pela Sicília, na Itália. Nós não levamos bateria e quando eu fui montar o backline, um italiano cismou que eu tinha arranhado a bateria dele toda. Aí ele cresceu para cima de mim, os técnicos de PA e monitor e o outro roadie se meteram e quase saiu porrada em cima do palco. Só quando o produtor do festival tirou o italiano de lá é que nós voltamos a trabalhar".

Desafios

Segundo Pedro Ribeiro, o maior desafio de um roadie é "pegar um músico chato e satisfazê-lo". Todos sabemos que músicos às vezes se acham mais estrelas do que os cantores, têm manias mais excêntricas, querem aparecer mais. Mas será que só os músicos fazem isso? "Vários roadies também se acham estrelas. Não fazem nada, chegam e falam 'eu só afino a guitarra, não carrego amplificador'. Vai para o camarim e só fica com o artista, só trabalha com o headliner", conta Pedro. Para um roadie chegar a uma situação dessas é necessário ser bom. Sendo bom, não há o que discutir. Mas como quase tudo nessa vida, uma boa política é essencial. O roadie agrada o artista, ele gosta, o traz para perto e daí é só se acomodar com a situação.
João Ribeiro acha o trabalho de roadie sacrificante: "É barra pesada. Tem horas que dá vontade de jogar tudo para o alto. Você escuta coisas que não deve, reclamações de músicos que acham que você tem culpa das coisas. A gente é escravo mesmo".
Um dos desafios - não só para os roadies - é a língua. Não falar a língua local nem o básico do inglês pode complicar as coisas. "Você tem que trabalhar através de gestos. A maior dificuldade que eu passei foi na Alemanha. Para obter um copo de água você tinha que se expressar muito", conta Josino.
A tarefa principal do roadie é nunca deixar que os problemas sejam maiores do que o show, não importa quantos desafios tenha que vencer. Já cantava o Queen: "The Show Must Go On". Cancelar o show não é uma opção.


Preocupar-se com a manuntenção do equipamento é uma das regras básicas dentro da carreira de roadie

Por Que Ser Roadie?

A maioria deles já era músico antes de começar a ser roadie. É o que torna o trabalho mais fácil. Já é meio caminho andado você entender do assunto com o qual vai trabalhar. "Minha escola foi no estúdio. Eu trabalhei um pouco mais de um ano na TV Tupi. Eu já era músico e tive uma oportunidade de fazer uma excursão com o Paulo Ricardo; depois disso fui passando de um conjunto para o outro. Com os Engenheiros eu até dava uma canja nos shows", diz Iran.
Ser roadie, para alguns, é um privilégio. "Você tem a oportunidade de conhecer o mundo e ainda ganha dinheiro", diz Josino Feitosa. Ele se tornou roadie através de um convite do cunhado. Josino era garçom em São Paulo e seu cunhado, o Pimpa, que já era roadie há um bom tempo, o chamou para fazer uma experiência. "Eu fiz, gostei e não parei mais".

Interação

Existem dois tipos de equipe: as que são formadas para uma turnê de seis meses ou um ano. Esses se dão bem, mas nem sempre, não chegam a ter aquele sentimento de família. Em casos como o Skank, Sepultura ou Paralamas, a equipe já está junta há anos, ninguém deixa passar o furo do outro. Esse é o tipo de base que funciona, pois um já sabe o que o outro pensa, como agir e pode tomar uma decisão pela outra pessoa. Quando o artista é grande, quem trabalha junto acaba se tornando uma família paralela, pois passa mais tempo na estrada do que com a própria família. O que pode pesar é que com tanto tempo longe de casa, sua vida pode ficar em segundo plano. São vinte dias de turnê, três dias em casa e depois mais um mês viajando. Mas sempre compensa. Você faz amizades nos lugares onde passa, vive situações diferentes a cada show, faz uma bagagem. Nos festivais acontecem reencontros, todos relembram situações engraçadas, trocam informações...

Pedro Ribeiro num breve intervalo durante o Rock in Rio 3

Os Mandamentos

Para tudo dar certo é necessário que sejam seguidas algumas regras básicas: manutenção do equipamento, montar tudo direito e bem apertado, estar prevenido, se preocupar com a passagem de som, ter uma boa relação com o músico e com o resto da equipe e saber o que você está fazendo. "O artista não deve se preocupar com nada a não ser o show, nós temos que servir ao artista", diz Pedro. Chegar cedo e montar o equipamento com calma também é fundamental. Mas o trabalho de roadie não está limitado a fazer um show perfeito sempre. Onde mais se aprende é na estrada, passando por situações problemáticas, tomando chuva, se metendo em roubadas.
Uma estrutura bem montada é ótimo, mas você corre o risco de ficar mal acostumado. João Ribeiro dá uns conselhos essenciais para uma boa convivência: "Não se deve nunca transferir responsabilidades em qualquer situação. Você deve arcar com o seu erro. Não se deve também peitar o músico, mas se impor e passar o problema para a produção". Outro mandamento importante do roadie é o sigilo. "Tem que ser um túmulo. O que você ouve no camarim do artista não pode ser comentado no camarim dos músicos. Você sabe de tudo, mas não pode falar nada", diz Josino.

Atualização

Estar atento ao que o mercado oferece é muito importante. Comprar uma revista, encomendar um catálogo, ir a uma loja ou feira. Sempre existe um pedal novo, um cabo mais resistente, uma nova guitarra, um transmissor sem fio ou um amplificador mais potente sendo lançados. Mesmo que os roadies não tenham banda eles estão sempre ligados a esse mundo de novidades. Talvez um momento em que exista uma grande troca de informação seja nos festivais. Quando várias bandas se apresentam juntas, todos os roadies, técnicos e músicos comentam sobre o equipamento novo, uma peça diferente que outra pessoa viu além da literatura que desperta o interesse da maioria. É como se fosse uma convenção. É muito pessoal estar ligado a essas novidades, mas sempre vale ter uma opinião com base, com o ponto de vista técnico, para oferecer seu conhecimento ao músico. Mas nem todos os roadies se interessam em pesquisar novos produtos, muitos preferem aprender no dia-a-dia ou com os próprios músicos.

Dicas

Pedro Ribeiro conta que se deve evitar ao máximo os aviões. "A S.A.T.A ( não cuida da aparelhagem, ela acha que o material está dentro da case, então pode bater porque a case vai proteger. É difícil você embarcar três cases e não chegar com uma quebrada do outro lado. Nós já vimos jogarem uma caixa de 120kg do alto do avião. Eles não têm respeito mesmo". O transporte terrestre demora um pouco mais, mas acaba valendo mais a pena levar tudo de ônibus, van, caminhão ou Kombi do que se arriscar a perder o material. "Eu costumo dizer que se você tem uma guitarra que você curte muito é melhor deixar em casa, pois o equipamento de estrada está sujeito a muitas avarias, vai no caminhão balançando", conta Iran Bernardes. Somente em casos em que é inevitável o transporte de avião é que se é obrigado a entregar-se aos caprichos dos "maleteiros". "O pior problema no transporte é quando você chega num lugar e pede um ônibus e os caras aparecem com uma Kombi. O pior é a produção local não atender o que pede a produção do artista", diz Josino.
Outro problema é o roubo, também freqüente no transporte aéreo. Outra dica é andar na estrada com a nota fiscal de tudo, pois você está arriscado a passar por contrabandista. O que pode ser feito é uma relação de tudo em nome da firma. Se a polícia parar, eles ligam para a firma e lá vai ter a nota fiscal. Indo para o exterior, é recomendável que se procure a Polícia Federal uma semana antes, para que a investigação do que você está levando seja feita. Imagine como deve ser desagradável ter que mostrar prato por prato, cabo por cabo durante três ou quatro horas.
Uma outra dica é que é bom, se possível, ter sempre dois de cada. Iran Bernardes diz que quando trabalhava com Lulu Santos ele sempre tinha um sobressalente de cada peça, desde a guitarra, até o cabo ou pedal. No caso de uma avaria é importante ter a opção de poder trocar o equipamento, não só a corda da guitarra que arrebentou.


Pedro Ribeiro - Paralamas do Sucesso, Plebe Rude, dos quais foi empresário; Legião Urbana, Fernanda Abreu, Kid Abelha, Ultraje a Rigor, Léo Jaime, Lobão e vários festivais.
Um dos seus melhores shows foi com os Paralamas para cem mil pessoas em La Plata, na Argentina. "Um show em que eu gostaria de ter trabalhado era com The Clash".

Iran Bernardes - Engenheiros do Hawaii, Paulo Ricardo, Gabriel, o Pensador, Djavan, Ed Motta, Lulu Santos, Milton Guedes e mais uma porção de artistas. Seu melhor trabalho foi a última turnê do disco ao vivo do Djavan, mas destaca o profissionalismo de Lulu Santos. "Eu gostaria de fazer um show com os Rolling Stones, a maior banda de rock do mundo. Minha escola foi com bandas de rock".

João Ribeiro - Caetano Veloso, Gilberto Gil, Zélia Duncan e seus melhores shows foram com o Gil, com quem já trabalha há oito anos. "Eu gostaria de trabalhar com o Lulu Santos, se tivesse a oportunidade. Acho que seria uma experiência legal".

Josino Feitosa - Chico César, Elba Ramalho, Fernando Moura, Cidinho e com vários outros músicos, principalmente nos shows beneficentes que Elba Ramalho faz. "Eu adoraria trabalhar com o Michael Jackson".

Máteria:
Pedro de Abreu Cidade

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